13 março 2012

Eu Preciso

Rompia o silêncio do cômodo com o ranger dos dentes, e se fosse mesmo capaz de destruir com a força da mente, fulminaria o irritante tic-tac do objeto fixo à parede. Sentia raiva, sentia medo, sentia dor. Sentia, sentia nela o que ele sentia. Queimava nela o que nele ardia. Não respirava ela no cômodo em que estava, em algum alugar, tragava ele um cigarro em um canto qualquer da casa. Andou dê lá pra cá diversas vezes, postou-se na cama a esperar o sono, mais uma vez o tic-tac na parede. Ergueu os olhos e notou uma sombra, contornou ela o esboço que a qualquer outro, era apenas uma sombra na parede. Entre ás lágrimas cortantes que brotavam de seus olhos e morreriam em seus lábios, foi capaz de sorrir. A ponta de seu dedo parou em um ponto fixo na sombra em que projetará a única coisa que era capaz de fazê-la misturar a dor e o alivio. Contornou o sorriso dele e esse se fez em sua própria face e pensou ela naquele momento... (como posso ter te deixado, se mesmo desta forma é capaz de fazer o sorriso brotar em mim ?) E nesta hora, sentiu raiva de si mesma. Por ainda ter na mente, aquele sorriso faceiro, aquele olhar convincente. A esta hora, talvez ele nem saiba que ainda penso nele. Talvez nem se lembre mais do meu olhar. Eu preciso deixar você ir, porque vou acabar tendo que partir, na hora em que me pedires pra voltar.
Por. Bell.B

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por partilhar comigo, o que você pensa!