23 março 2013

Dream Realized (Fim) Part III

É claro que o convite não era relativo a "cigarro", virá ele diversas vezes sair durante as festas para "fumar". Porém, essa era uma outra pratica da qual ela não era adepta, e mesmo podendo fazer como e o que quisesse ali, aquilo era uma das coisas que nunca lhe aguçaram curiosidade alguma. Ainda fingindo inocência, o questionou... "não viu que acabei de fumar?". Ele totalmente sem graça, consentiu com a cabeça. Ela voltou a observar a paisagem, as hélices do navio faziam rastros no mar, rumo ao porto, rumo ao fim... Houve uma pausa entre eles quando ele interrompeu o silêncio, saindo totalmente da pauta inicial dizendo: "- Você é linda sabia?" ela surpresa e sem graça respondeu: "Brigada!".

Ele: Faz dias que estou te olhando
Ela: Mesmo? (como quem não tivesse reparado)
Ele: Vai dizer que não reparou
Ela: Os olhos são como imãs, é difícil não notar alguém, quando esse alguém olha fixamente pra você.
Ele: Não tem como não notar você (Sorri desviando o olhar)
Ela: Jura? Com tantas meninas lindas, produzidas por aqui, eu sou a que menos chamaria a sua atenção, estou completamente fora do padrão de beleza.
Ele: Quem disse? Dos 3 dias que passei aqui, não vi nenhuma garota que me chamasse tanto a atenção como você. Você sabe que chama a atenção.
Ela: Sei sim, tanto quanto sei e conheço o poder de sedução que tenho, mas perto das mulheres que vi aqui...
Ele: Você é diferente, e foi isso que me chamou a atenção.
Ela: Diferente?

E quando ele ia responder, um amigo dela apareceu, a abraçou como quem diz... "tudo certo?". Imediatamente ele se apresentou "prazer, meu nome é Vinicius" e logo os amigos que haviam se perdido durante a madrugada começaram a aparecer. Foram todos apresentados e enquanto conversavam ele a questionou sobre seu corpo impecável. Ela notará que ele enquanto a olhava, parecia querer devorá-la. Era um misto de desejo e curiosidade que ele não conseguia disfarçar. Ela por sua vez, simpática e brincalhona, contradizia tudo que ele lhe falava. Até que perguntou:

Ela: Quantos anos acha que tenho?
Ele: 24, acertei? (meio ressabiado)
Ela: Sorrio gostoso e enquanto acendia um cigarro respondeu. 31
Ele: Mas nunca que você tem 31, você parece uma menina (Espantado bateu a mão contra a testa)
Ela: Mas não sou. Agora me diga o que de tão "diferente" em mim te chamou tanto a atenção e te fez ficar 3 dias me observando.
Ele: Você não é igual as outras mulheres (acho que você prefere ser chamada assim né? (sorrio) ) você não usa maquiagens, a não ser rímel, batom e penteia as sobrancelhas. Seu cabelo esta sempre solto voando com o vento e você parece não ligar.
Ela: Uallll, você realmente reparou tudo isso em mim?! (Ficou espantada com a descrição dele, realmente só usava o que ele descreveu, era bem vaidosa embora não parecesse ser, mas estava em um cruzeiro "eletrônico" e não em um evento de Hollywood. Na sua concepção, se sentiria ridícula em cima de um de seus saltos ou seus vestido de balada. O lugar pedia casualidade e ela queria se sentir a vontade. Não queria tropeçar entre os vãos do Deck ou se desequilibrar já que a maresia e o molejo do navio favorecia a situação)  
Ele: Reparo, e reparei você, olhei pra você todos esses dias, te vi dançar, o vento mexer em seus cabelos, te vi conversar, sorrir. Me apaixonei! Você é linda. Naturalmente linda.


Tudo que ele falava, entrava nela como um elixir de vida. Não que não soubesse de seus atrativos, ou que fosse alguém que precisasse de injeções de auto estima. Mas ouvir, saber, ver nos olhos de alguém tanta admiração quanto verdade no que diz, era de lustrar qualquer vaidade. Era estrategista, maliciosa, esperta demais nos quesitos sedução e paquera. Mas aquele garoto havia realmente lhe "quebrado as pernas". Sentiu-se como uma garotinha de 15 anos. Ele não tinha mais de 25 anos, haviam meninas e mulheres de todos os estilos ali. Meninas lindas avaliadas até por ela. E quem diria... um garoto se aproximar logo dela. Durante os dias anteriores, vários caras vieram até ela, quiseram algo, tentaram algo. E ela sempre se esquivando, desviando o olhar, trocando de lugar. Agora, a algumas horas de ir embora, de descer do navio, estava a mais de 1 hora conversando com um garoto de 22 anos. Falaram sobre suas vidas fora dali, sobre seus hobbys, seus gostos musicais e coisas que gostavam de fazer no dia a dia. Até que a ultima buzina soou. Era definitivamente o fim. Precisavam se despedir. Ela o abraçou, deu um beijo em seu rosto e quando foi se afastar ele a segurou pela mão.

Ele: Sabe do que me arrependo?
Ela: De que? (Ela sorriu já sabendo a resposta mas mesmo assim perguntou)
Ele: De ter ficado todos esses dias só te olhando de longe. Era tão perfeito te ver dançar, gesticular, sorrir. Perdi a oportunidade de te conhecer melhor.
Ela: Também lamento. Eu também adorei te conhecer, mesmo que por pouco tempo. Enfim... preciso ir. (Deu outro abraço apertado nele e partiu)

Partiu sentindo que tudo que viveu naqueles 3 dias, jamais se apagará. Partiu com a certeza de que sonhos podem se realizar. Deixou aquele navio com novas vontades, mas convicta de que com ela, somente suas malas e suas lembranças sairiam de lá. A vida a esperava, e embora parte dela não quisesse descer, a outra metade queria voltar. Ao pisar em solo firme se deu conta de que nada havia mudado. E ao chegar em casa teve a certeza de que tudo estava exatamente igual. Porém... dentro dela, com ela, algo havia se renovado. A 3 dias atrás ela era apenas uma menina cheia de sonhos e vontades que pareciam não poder se realizar. Agora ela se transformará em uma mulher, os fantasmas das vontades e receios não a assustavam mais. E mesmo em terra firme, podia sim fazer o que quisesse e como quisesse. Deixou a bordo o medo de se permitir e trouxe consigo a coragem de ser só e nada mais além de quem realmente é. E quem é ela? Nada mais do que uma doce e corajosa Menina-Mulher.
Por. Bell.B

Dream Realized (Meio) Part II

Solicitou serviço de quarto tanto para o café da manhã, quanto para o almoço. Passou a maior parte do dia na cama. Estava exausta, precisava recarregar as energias para a última noite. O gostinho da saudade já parecia apontar em seus lábios, a vontade de quero mais já deixava rastras molhados em seus olhos. Mas ainda não era o fim, não ainda.

O relógio marcava 16:45, desta vez não torceu o nariz para o tal número "impar", até desejou por alguns segundos que o tempo parasse ali, naquela exata hora. Queria ficar ali/lá pra sempre. Mas como diz/canta o grande Renato Russo... "o pra sempre, sempre acaba ♪". Tratou logo de se levantar, foi até a sacada da cabine devanear. O mar estava calmo, o céu lindo de doer. As nuvens pareciam dançar pra ela. E foi nesta hora que seu coração bateu apertadinho. Bateu a nostalgia, bateu a realidade, bateu a saudade. Tornou tudo que a 2 dias ela havia deixado no porto de Santos. E uma lágrima atrevida ousou cortar o seu rosto. Com certa dificuldade puxou o ar. Mas ele arrogante não quis entrar. Deu dois passos para trás e sentou-se na cama. Apertou os olhos por alguns segundos mas foi em vão. Era como se ela quisesse deter uma comporta prestes a explodir com a palma da mão. Rompeu... Sabia que tudo aquilo que estava vivendo não seria pra sempre, que teria que voltar para o mundo real em breve. Tomou ciência de que o que tinha ali, era uma oportunidade enorme de ser feliz, de se permitir, mas que nada que fizesse, quisesse, acontecesse ali, iria mudar o ciclo, o rumo, o destino, a sua vida. Restará aproveitar a última noite, os momentos que viriam.. Restava agarrar a felicidade pelo laço, trazê-la pra dentro de si. Restava apanhar memórias para que mais adiante pudesse tecer magia as suas novas histórias. E foi isso que fez...

Passeou pelo navio o restinho da tarde, gravou cada imagem na mente. Os pássaros, as montanhas, as ondas, o céu. Na hora do jantar se juntou a uma turminha de amigos que fez nos dias anteriores. Riram, brincaram, falaram sobre suas vidas e marcaram de se encontrar em um ponto para a última festa. 23:00 hrs, era a hora combinada. Olhou na mala ainda confusa com o que escolher. Na festa anterior todas as meninas usavam vestidinhos, saltos, estavam completamente maquiadas. Mas ela não, e hoje não seria diferente. A ocasião não pedia glamour, nem luxo. E embora ela entre todas parecesse um peixe fora d'água, estava mais dentro daquele mar todo, do que todas as outras. Clássica e básica, pronta!

Assim que pisou na pista o viu, passou por ele como se nunca o tivesse visto antes e embora já tivesse reparado que ele estava a 2 dias à observando, ao passar por ele sorrio, mas não pra ele (não diretamente), foi de encontro a turminha que já estava a toda no lugar marcado. Ora e outra olhava pra ele, e via que ele de longe a olhava. Desta vez ele não parecia estar nem um pouco preocupado em ser ou não notado. A encarava fixo e descaradamente. Ela dançava e tomava água, ele andava de uma lado pro outro enquanto fumava. Ele também não estava sozinho, e de vez em quando falava algo com o amigo, que olhava pra ela. Notou que falavam dela, e isso a deixava ainda mais vaidosa. A horas passaram tão rápido que quando se deram conta, o dia já estava raiando. Alguns amigos se despediram, outros se perderam no meio da multidão com novos amigos, e ela continuava na pista. Dançando, exorcizando seus Demônios. A música eletrônica tocava sem parar, mas pra ela, no mundinho dela, dentro dela, a canção que parecia tocar era Natasha... "o mundo vai acabar, e ela só quer dançar, dançar, dançar ♪". Mais uma vez o DJ anunciava a ultima canção, desta vez era o fim, literalmente o fim de tudo. Do seu sonho, do conto de fadas, da viagem mais incrível que já fizerá em toda sua vida. A buzina soava repetidamente, avisando que o navio atracaria em breve. Seu coração acelerava a cada soar. O nó na garganta parecia a sufocar... mas estava tão determinada a aproveitar até o ultimo segundo que não parou um minuto sequer de dançar. Ninguém parou... todos estavam frenéticos, alucinados, descontrolados. A felicidade parecia uma nova droga, ninguém tinha controle de si, de nada. Debruçou no corrimão para fumar seu ultimo cigarro antes de ir para a cabine arrumar as malas. O vento revirava seu cabelo, levantava sua blusa, ouriçava sua pele. Milhões de sensações estremeciam suas terminações nervosas, sentia frio na barriga, sentia euforia, estava com as emoções totalmente descontroladas. Até que uma voz a fez retomar o controle. "Quer fumar...?".
Não se virou de imediato, mas tinha quase certeza de quem era. Antes de se virar deu mais um trago e apagou o cigarro, lentamente voltou o rosto para o dono da voz que a salvará do desespero de voltar para casa. "Não obrigada, acabei de fumar..." disse ela entreabrindo um sorriso doce.
Por. Bell.B

22 março 2013

Dream Realized (Começo) Part I

Entrou na cabine, escolheu a roupa que iria usar e foi para o banho. Sua mente não parava de trabalhar um segundo sequer. Estava realmente envolvida, tomada pela excitação de "poder" tomar suas decisões, segundo suas emoções como e quando quisesse. Devaneou tanto, que só voltou a si quando os alto falantes informaram o Deck em que seria a primeira festa. Saiu do banho, passou um rímel e um gloss, passou a mão nos cabelos somente para ajeitá-los, se perfumou e saiu rumo ao desconhecido mais excitante de sua vida.

O vento sopra forte, os motores do navio estavam a todo vapor. Sentia a maresia bater contra o rosto tão forte que quase que podia segurar entre os dedos o cheiro do mar. A decoração da piscina estava maravilhosa, luzes coloridas circulando na imensa escuridão do céu. A música tocava tão alto que podia sentir a vibração das caixas acústicas sincronizadas com a batida do seu coração. A todo tempo pessoas circulavam pela pista, falavam, riam, dançavam. Era como se todos os seus sonhos mais secretos, tivessem tomado vida. Estava tudo acontecendo a sua volta ao mesmo tempo. E embora estivesse completamente só, a última coisa que sentiu naquele momento, foi solidão. As emoções tomavam conta dos seus sentidos mais íntimos, incontidos e a arremessava rumo a alegria de poder ser só ela mesma. E aquilo era tudo!
As horas iam passando, o navio avançando rumo ao seu destino (sua primeira parada) e com ele o teor alcoólico da maioria das pessoas a sua volta aumentando. Não tomou um gole de bebida (embora não curtisse mesmo beber), não queria que qualquer sintoma de embriagues roubasse dela um momento sequer. Assim que inconstou na pista, fitou com muita atenção todas as pessoas que estavam a sua volta. Algumas se beijavam, outras conversavam coladas uma no ouvido da outra devido ao altíssimo volume da música, outras se olhavam, muitas paqueravam, tudo acontecia rápido e simultaneamente demais. Ela dançou grande parte da noite, talvez se parasse para dar atenção a si mesma, sentiria seus pés em farrapos, mas por não querer desperdiçar seu momento, não se deu ao luxo de descansar. A madrugada já estava prestes a se despedir, quando DJ anunciou a ultima faixa, a saideira. Enquanto ele fazia os agradecimentos da noite, anunciava o tema e os eventos do próximo dia. Ela fez uma rápida pausa, foi ao bar, comprou uma água e ao voltar para pista, sentiu um olhar acompanhá-la passo a passo.

Colocou a garrafa na mesa, e como quem sequer notava estar sendo vista, entrelaçou as mãos entre os fios dos cabelos, e os prendeu em rabo-de-cavalo. Obviamente sua intenção era chamar ainda mais atenção (provocar). Por estar com os ombros a mostra, prender o cabelo era uma estratégia para chamar atenção para a extensão de sua nuca. Ora e outra ela encarava os olhos que pareciam devorá-la e simulava desatenção. Era sensual, provocante e embora estive discretamente vestida comparando-a as demais, era pra ela, os olhares mais intrigantes. Talvez por não estar carregada de maquiagens, talvez por estar exalando a essência de si mesma, talvez por estar simples demais. Por fim, dançou a ultima música e fez questão de passar na frente dos olhos famintos antes de sair, fingindo não ter notado a presença dele, um momento sequer. Antes de se recolher para descansar e se preparar para os próximos dias, subiu as escadas do Deck que dava para o ultimo andar do navio, e debruçada no corrimão, ascendeu um cigarro. As nuvens começaram a se espalhar no imenso tapete azul anil que surgia no céu. O vento soprava com mais força, os motores do navio estavam mais suaves, a primeira parada estava prestes a acontecer e ela ainda não se recolherá. Estava completamente alucinada com todos os momentos da partida, que dormir era algo que não passava por sua cabecinha a mil. Mas já estava acordada por quase mais de 24 hrs. E intimando a si mesma, desceu as escadas rumo a sua cabine. Para sua surpresa, alguém ainda a observava. Meia duzia de gatos pingados estavam terminando suas garrafas de vodca, alguns marinheiros faziam a vistoria final da noite, agora  manhã. Os faxineiros limpavam a zona na área da piscina e ele do outro lado do Deck a observava... ainda. Embora tenha fica admirada, não exibiu qualquer reação de euforia. Tirou as sandálias, espreguiçou demonstrando certo cansaço e seguiu em direção a sua cabine. Desta vez evitou passar por ele, tinha medo de sorrir, de olhar, de se entregar. Ainda tinha mais 1 dia pela frente, e sabia que ele passaria tão rápido quanto a noite passada que desejou ser eterna. Antes mesmo de conseguir agradecer, de fazer suas orações ao se deitar, o rosto dele e seu olhar se materializaram diante de seus olhos. E sorrindo adormeceu sem sequer ter tido tempo de agradecer, de rezar...
Por.Bell.B

21 março 2013

Dream Realized



Não dormirá naquela noite, estava apreensiva demais. Quanto mais torcia para que as horas passassem, mais lentamente elas passavam. Enfim o dia clareou e ela pode diminuir sua ansiedade rumo ao seu novo destino.  Ainda tinha um longo caminho pela frente e o mundo parecia conspirar contra ela. O transito estava horrível e a hora também não ajudava (“maldita hora do rush”).  Mas a essa altura, nenhum desses contratempos poderia interromper o sorriso faceiro que ora e outra, adornava sua face. Enquanto seguia a estrada, tudo que lhe pesava até a noite passada, ia ficando para trás. Não que quisesse abandonar, desfazer, apagar seus compromissos, suas responsabilidades, suas antigas escolhas de sua vida atual. Apenas queria encarar o novo do zero. Esperará por tanto tempo por esse “Tempo”, um tempo só dela, só com ela. Um tempo onde não precisaria pensar, decidir, resolver nada por e nem pra ninguém além do que sentia, queria, desejava por si só. E foi exatamente isso que fez.

O vento atrevidamente ia de encontro com sua face, seus olhos miravam inúmeras paisagens, mas não conseguia focar absolutamente em nada. Vez ou outra se encarava no retrovisor impondo que daquela hora em diante, se permitisse viver como nunca viverá antes. Já havia feito aquele caminho algumas vezes em sua vida, mas curiosamente a sensação que tinha, era de que nunca havia cruzado aqueles lugares. Enquanto o rádio tocava várias de suas canções favoritas e teimasse em trazê-la de volta a “terra”, era ainda mais teimosa que seus devaneios e por várias vezes sumia do banco do carro, se projetando muito além do que um dia, fora capaz de se ver. Somente conseguiu respirar, quando o carro parou. Ao colocar os pés no chão, a sensação que teve foi de estar voando. Questionou-se em silêncio, se aquilo estava mesmo acontecendo. Estaria ela livre, leve, solta prestes a embarcar rumo a sua liberdade?
A voz em um alto falante começou orientar as pessoas e quando ouviu chamarem por seu nome se deu conta. Estava mesmo acordada, estava livre. Ao se ver diante daquela obra colossal, um frio percorreu lhe a espinha. Algumas pessoas posavam e tiravam fotos, a fim de registrar seus momentos, e embora ela tivesse levado câmera para fazer o mesmo, estava tão deslumbrada com a maravilha e as oportunidades a sua frente, que sequer lembrou-se de bater foto.


O brilho em suas retinas parecia ser mais rápido que todos os flashes a sua volta. A cada degrau que subia sentia as estruturas de seu corpo tremer mais. Sentiu-se como um pássaro que acabará de ser solto depois de anos aprisionado em uma gaiola. E nessa hora descobriu que sim... Ela podia voar. Minuciosamente explorou cada canto daquele gigantesco navio, embora tivesse 3 dias para fazê-lo. Mas era curiosa demais para esperar, ansiosa demais para deixar a hora passar, menina-mulher demais para não se encantar com aquele tudo a sua volta. Quanto mais circulava, quanto mais olhava, mas parecia ter o que procurar o que ver, o que descobrir. Tudo era magico demais, maravilhoso demais, perfeito demais.

As horas foram passando enquanto ela ia explorando e sentindo a maravilha que era, estar só consigo mesma. As 18:00 soou a buzina e enfim o gigantesco navio zarpou. À medida que se afastavam do porto todas as suas preocupações iam ficando na orla. E a tão esperada primeira noite chegou.
Por. Bell.B