A geração em que vivemos é definitivamente incrível, cheia de tecnologia, meios e fins. Trás pra perto os que estão longe, também afasta aqueles que estão um do lado do outro. Sim, me refiro a fantástica ferramenta virtual, celulares, tablets, computadores. É impressionante como algo tão mecânico, consegue destruir relacionamentos, motivar paixões, submergir sonhos. É como se tudo fosse uma grande engrenagem e nós, as correias que ligam todo o mecanismo.
Alguns casais usam isso como fetiche, trocam nuds, se masturbam por vídeo, se aproximam ainda mais, outros esquecem-se de seus cônjuges e fazem isso com as almas livres que estão soltas nesse emaranhado de teias invisíveis e eletromagnéticas, o que me remete a um filme que assisti há um tempo trás chamado LUCY. Esta tudo a um toque, um clique, uma chamada. Tudo aqui tão perto, mesmo de lá tão longe. A segundos de suprir a falta, inflar o coração, acalmar a alma, despedaçar corações, enlouquecer mentes sãs, deixar lúcido a loucura mais oculta de nossas mentes. Não sei até que ponto, acho isso bom, no caso pra mim. Mas logo entenderão o por que, da minha temporária opinião.
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Há muito já se conheciam, por razões de destino, vida, dia a dia nunca mais se viram. Mas naquele primeiro contato, alguma coisa antes de irem, ficou. O tempo passou, tinham amigos em comum que se reunião e faziam encontros quase mensais, mas em nenhuma dessas vezes, ouve um reencontro entre eles. Talvez fosse Deus trabalhando, evitando o inevitável, colocando sua mão e mostrando o certo e o errado. Mas só talvez...
Certo dia, ele e apareceu em uma de suas redes sociais, embora não fosse fã da maioria delas, desta ela gostava. Seu querido Instagram. Ali, voltaram a se falar, a acompanhar o dia a dia um do outro, saber de suas famílias, filhos, trabalho, rotina. Stalkear, como se diz na linguagem atual. Inicialmente, tudo pareceu continuar do dia do primeiro encontro, conversas sobre o desgaste emocional, sobre os tombos da vida, sobre a desgraça da pandemia que vem mudando completamente o mundo e todo a ignorância que emerge junto a assuntos tão sérios. Mas com o passar dos dias, e eles virando meses, naturalmente que acabariam chegando em assuntos mais íntimos, o que pra ela, não era problema algum, Já pra ele...
... Ela nunca teve pudores, e os que a conhecem sabem bem disso. Fala sobre tudo de uma forma tão natural que vai da receita de bolo da vovó a sua posição preferida no kama sutra. E alguma coisa nela, despertou nele, algo que talvez já existisse, relembrado que... já se conheciam. Numa noite dessas, das quais passavam horas conversando, ele sugeriu a ela uma série. DEUS! Ela detestava essas modinhas de maratonar, parar a vida pra ver temporadas e roer as unhas a espera de outras. Mas ele o fez de maneira tão desafiadora, que ela por sua vez, levou a indicação como uma missão.
Assistiu a
Por. Bell.B