Dedilhava as marcas em sua pele e era capaz de sentir na ponta dos dedos o relevo da alma... By.CB
29 junho 2012
Vez em Quando
De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça.Então os meus braços não vão ser o suficiente para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme.
Só olhando você, sem dizer nada, só olhando e pensando:
- Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando..."
Por. Caio Fernando de Abreu
Só olhando você, sem dizer nada, só olhando e pensando:
- Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando..."
Por. Caio Fernando de Abreu
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Caio Fernando de Abreu,
Conflitos Internos
28 junho 2012
26 junho 2012
Íris-Dele
Abriu uma pálpebra de cada vez, um facho de luz, atingiu sua face em cheio. Num reflexo, levou as mãos contra os olhos, afim de protegê-los. Enquanto se espreguiçava, sentiu seus dedos dos pés gelados, o corpo todo dolorido, e o bocejo foi interrompido quando sentiu uma pontada forte na garganta. (talvez estivesse ficando resfriada) Se levantou de vagar, caminhou lentamente até o banheiro, e entrou no banho. Ficou ali por mais tempo do que o de costume. Enquanto a água batia contra sua face (numa temperatura, bem diferente das gotas da noite passada), ela fechava os olhos, passava as mãos no rosto, sentia o calor escorrer, gentilmente por todo seu corpo. Por alguns minutos, sentiu-se bem, confortável, serena. Mas logo os primeiros sentimentos do dia despertaram, e com eles, seus temores e receios.
Já fora do banho, postou-se diante do espelho, completamente embaçado pelo vapor do chuveiro. Isso costumava irritá-la. Mas não fez menção alguma de limpar o vidro, ou sequer, queria se ver. Talvez tenha ficado de frente a ele, por puro hábito. Secou-se, escovou os dentes, ajeitou o cabelo e foi para o quarto. De frente ao guarda-roupas, ainda enrolada na toalha, abriu uma gaveta, apanhou um pijama e o vestiu. Não tinha nenhum programa para o dia, e mesmo que tivesse, não faria. O sol tinha acabado de nascer, estava fraco ainda, as nuvens o faziam parecer menos imponente, e quem parecia ter toda a majestade era o vento. Este soprava com tamanha força, que sacudia as janelas, e ora e outra, encontrava uma forma de invadir o cômodo e provocar nela, certo arrepio. Ajeitou-se na cama, puxou as cobertas e a sensação que ela tinha, era de quem acabará de chegar em casa, depois de um dia exaustivo de trabalho. (imagine, havia acabo de acordar, eram só 9:00 am, talvez por ter dormido muito pouco, estivesse com a impressão de que precisava dormir mais, talvez por estar deprimida, precisasse ficar menos tempo acordada)




Por. Bell.B
Bonança (Talvez)





Por. Bell.B
25 junho 2012
Ultimas Linhas (Talvez)

Enfiou a mão na bolsa e apanhou a chave. Seu coração pareceu parar, um nó subiu a sua garganta, e sem saber porque... começou a chorar. Apertou o passo, subiu os degraus correndo, tentou conter o choro (não queria ser vista daquele jeito por ninguém), abriu a porta depressa, e quem a viu naquele momento, poderia jurar que ela estava ou fugindo ou se escondendo de alguém. Atirou a bolsa na poltrona e deu "Graças" por estar em casa, mas quando se deu conta de estar, se apavorou. Havia naquele ambiente, um silêncio "ensurdecedor", algo que há muito não sentia. Eram como ecos de "almas presas no purgatório". Fechou os olhos, fez uma prece, e embora seus olhos estivessem fechados, as lágrimas começaram a escorrer. Ao abri-los, viu em cima da mesa um "bilhete".
"É como eu estou... confuso, perdido, sem rumo... quando eu to mal, não quero que fique tbm... sei que já brigamos por isso, mas eu, naturalmente, me isolo quando to assim, desculpa mô =/ tinhamú..."


... dobrou, colocou em cima da mesa junto as "chaves dele", e saiu.
Por. Bell.B
Demasia
Vivem em mim inúmeras, se penso ou sinto... Talvez ignoro!
Quem é que pensa ou sente? Eu sinto!
Eu sou somente o lugar onde se sente ou se pensa, tenho mais almas que uma, há mais eu’s em mim, do que eu mesma sou capaz de contar. Existo todavia. Indiferente com alguns, dependente de outros Seletiva!
Os impulsos cruzados do que sinto ou não sinto, disputam em quem sou, espaço... Pois meu mundo não é como o dos outros.
... quero demais
... exijo demais
Há em mim uma sede de ∞ , uma angústia constante, que nem eu mesma compreendo, estou longe de ser um "ser" convencional, passivo, racional. Sou antes de tudo que quero ser, uma vontade insaciável de saber, sentir, conhecer, sou uma criatura exaltada , impulsiva, intensa...
... violenta
... sensível
... demasiada
Sou o que atrapalha o sono, o que perturba a mente, o que invade num repente o sossego, sou a pausa longa entre a dor e a respiração ofegante no ato de amor. Sou carne quente atada as ânsias de tudo, uma ALMA extremamente carente de todos... Do Mundo.
Quem é que pensa ou sente? Eu sinto!
Eu sou somente o lugar onde se sente ou se pensa, tenho mais almas que uma, há mais eu’s em mim, do que eu mesma sou capaz de contar. Existo todavia. Indiferente com alguns, dependente de outros Seletiva!
Os impulsos cruzados do que sinto ou não sinto, disputam em quem sou, espaço... Pois meu mundo não é como o dos outros.
... quero demais
... exijo demais
Há em mim uma sede de ∞ , uma angústia constante, que nem eu mesma compreendo, estou longe de ser um "ser" convencional, passivo, racional. Sou antes de tudo que quero ser, uma vontade insaciável de saber, sentir, conhecer, sou uma criatura exaltada , impulsiva, intensa...
... violenta
... sensível
... demasiada
Sou o que atrapalha o sono, o que perturba a mente, o que invade num repente o sossego, sou a pausa longa entre a dor e a respiração ofegante no ato de amor. Sou carne quente atada as ânsias de tudo, uma ALMA extremamente carente de todos... Do Mundo.
Adaptado Por. Bell.B
22 junho 2012
Só Via
Só via... via um ponto forte de energia, algo que não se consegue nomear ou distinguir, talvez semelhante ao numero 1, sim, não eram 2, porque juntos, não havia plural, (embora ela detestasse números impares). Era só e nada mais o SINGULAR, e embora fossem 2 pessoas, eram apenas 1 coração que batia por duas almas, que se observada com calma, seria semelhante ao numero 8. Mas não de pé... Não quando se tratava deles. No caso deles, "no nosso caso" era um 8 molinho, preguiçoso como ela, e este simples numero, representa a totalidade do Universo como ele é pra ela. Como aquele, que há alguns anos atrás, ela estampou por toda a extensão do seu quadril, e que ora e outra, se pega de costas ao espelho, olhando pra ele, pra poder assim, enxergá-lo. Aquele número preguiçoso e deitado na pele dela (∞), que pra ambos, representam nada mais que...
I N F I N I T O. NUNCA HAVERÁ FIM!
I N F I N I T O. NUNCA HAVERÁ FIM!
Por Bell.B
21 junho 2012
Tirem-me
E me tirem as vestes e ainda assim, serei forte com minha anatomia imperfeita. E só de pelos, atravessarei dias de sol e noites de inverno e sobreviverei. Me obriguem a caminhas por sobre chamas, a solas nuas. E sem fraquejar, sentirei arder as brasas em meu sustento, fazendo-me então forte por dentro. E ainda com feridas, seguirei. Cai o Céu sobre a Terra, lancem-se as Estrelas no Mar, e comece então o tão temido Apocalipse. E ainda assim, ficarei de pé, contemplarei a fúria da Natureza e não recuarei um passo sequer. Mas não, não me diga que não mais é possível, não queira me fazer aceitar o fim, não tente me convencer que o melhor pra nós dois, é partir ou trilhar outros rumos. Não me diga que precisa ir, não me peça pra sair. Porque sou forte pra encarar a ira dos Deuses, sou corajosa pra enfrentar os terríveis e assustadores Demônios das Trevas, mas sou incapaz de conseguir pular uma poça d’água, se do outro lado, não estiver você de pé... rindo das minhas molecagens. Sou fraca a ponto de não ter forças pra repartir uma mera migalha, se não for a sua palma a esperar a parte que eu parta, sem você, eu sou apenas um corpo a vagar sem alma, sou apenas uma vida qualquer a procura de nada.
Por. Bell.B
16 junho 2012
Parasita
Já era tarde, a casa estava em silêncio, nenhuma canção de fundo. A única luz no ambiente, era a de uma vela, que acenderá ao lado de um incenso de canela. (ela adorava velas, adorava incenso, adora o clima que ambos proporcionavam ao seu espirito. Chamava esta sensação, de PAZ.) E teria sido mesmo, uma noite de paz, senão pela sua maldita insonia. Esta, que a fizera depois de muito lutar "pra não", ligar o PC. Enquanto esperava a máquina ligar, foi a cozinha e passou um café. Voltou, colocou o maço com o fósforo (quase sempre usava fósforos pra acender o cigarro. Não por não ter isqueiro, mas sentia certo prazer em riscar o fósforo e ver a pólvora pegar fogo. E por mais estranho que fosse, também gostava do cheiro) e a xícara na mesa, estalou os dedos e sem saber exatamente o que iria fazer ali tão cedo, conectou. Pensou em escrever, pensou em só ler, pensou em só ouvir músicas ou só ver vídeos. E enquanto pensava, lembrou-se de um msn que tinha (das antigas), logou nele. "Ninguém ON", pudera, eram quase 5:30 AM, quem estaria em plena manhã de sábado, á esta hora (além dela) sentada de frente a um PC. Tinha poucos contatos ali, talvez alguns, nem fossem mais "contatos". Não entrava ali há mais ou menos uns 2 anos. E na verdade, nem sabia porque tinha entrado. "Deixou logado", abriu sua pasta de músicas e "executou uma". Enquanto ouvia as canções, foi ficando meio "nostálgica, deprimida/triste talvez". Ao se dar conta do que estava sentindo. Se deu uma bronca. ("Ei... o que é isso, pare já!?") E antes mesmo de poder tomar o controle, uma janela subitamente pulou na frente da tela.
Ele: - Perdida?
Ela: - Sempre! (e sorrio)
(Levou um susto, um calafrio percorreu-lhe o estômago)
Ele: Tudo bem com você?
Ela: Tudo sim, e com você?
(Ela tinha tantas perguntas pra fazer, mas de alguma maneira, talvez pela situação que estavam, pelo tempo que não se falavam, acabou só respondendo e não perguntando nada.)
Ele: Tudo indo, corrido, mas tranquilo.
Agora, se bem a conheço, bem, bem, você não esta.
Ela: Porque acha isso?
(Mas antes mesmo de questionar, sabia que ele "saberia" que realmente não estava bem, por mais que dissesse estar. Ele a conhecia, conhecia além do ato "teclar". Ainda assim, tentou passar a impressão de estar mesmo, bem.)
Ele: Ora Bell, acha mesmo que só porque não nos falamos a tempos, não sinto você, não consigo identificar seus sentimentos? Esta de virada não é?
Ela: Rs, sim, estou. Cheguei tarde e não consegui dormir. Pensamentos...
Ele: (completando) ...Pensantes! É isso? Pensamentos Pensantes. Você sempre usa essas duas palavras pra "omitir" dor e tristeza. Será que errei?
Ela: Você é um chato!
Ele: Costuma apelar pros adjetivos ofensivos, quando não consegue ser convincente. rs
Ela: Senti saudades sabia?
Ele: Eu ainda sinto, sabia?
Ele: Preciso ir, senão perco a carona. E olha, eu não sei o que é, e ao contrario do que fiz a vida toda, desta vez não irei te apertar. Sabe aonde e como me encontrar. Meu número ainda é o mesmo, é só ligar!
Ela: Brigada! Sei sim. Bom dia!
Ele: Se o seu for, o meu será também ;) (algumas coisas não mudam)
Ele: Off
Ela: On
Assim que ele saiu, não conteve as lágrimas, talvez elas não tivessem rolado antes, pela surpresa em encontrá-lo. É verdade que antes mesmo de ele aparecer, ela já não estava bem. Já estava se sentindo meio "down", mas alguma coisa nele, na forma dele falar, a fez desmoronar. (um misto de emoções e pensamentos começaram a se misturar em sua cabeça, bateu saudade, bateu tristeza, sorrio por revê-lo, chorou também...) Rolou a barra e voltou a ler a conversa. Tinha sido rápida, nada demais, nada além, nada que já não tivesse acontecido entre eles, em várias outras "tantas"conversas. Mas alguma coisa nele estava diferente. Ela não o viu (cam desligada), ela não o ouviu (fone desconectado), mas ela sentiu. Conseguiu ver/sentir em poucos minutos, o que não foi capaz de enxergar por anos. Ele conseguiu fazer o mesmo, também a sentiu sem a ver ou ouvir. (Se bem que, ela era péssima em esconder seus sentimentos). SILENCIO... Fechou tudo (msn, navegador), ficou congelada de frente ao monitor. Na verdade, estava tentando entender o que "exatamente estava sentindo", estava tentando desfragmentar tudo aquilo. De repente uma névoa negra, pousou sobre ela, seus olhos começaram a arder, seus punhos serraram. Sentiu doer tanto por dentro, que se fosse capaz, abriria e tiraria com as mãos, a bola enorme que parecia se formar em seu peito. Chorou compulsivamente, tanto que em alguns momentos, forçou a si mesma a levar a mão contra os lábios, pra silenciar os soluços que pareciam não ter freios. O que teria acontecido com ele, com ela, com eles? (sempre dividiam tudo, não se desgrudavam um minuto. Riam, choravam, brigavam, se odiavam quase sempre. Tinham uma ligação absurda, tão... que quando estavam impossibilitados de se falarem, usavam a telepatia. E acredite ou não, ela realmente acontecia. Falavam da vida um pro outro, falavam da vida dos outros, pareciam ligados por magia. Juravam por ai, que eles eram almas gêmeas. E eles também se sentiam assim. Eram mais que amigos, mais que irmãos, eram eles. E eram tudo um pro outro... Eram!) Voltou a fita, como quem tenta achar um detalhe qualquer, um motivo, uma cena perdida! E enquanto voltava, se arrependia. A cada pausa que dava, chorava, sorria. Desistiu da busca. Deixou-se levar pelos momentos, pelas passagens, atravessou o tempo. Se viu, o viu, viveu outra vez seus momentos... (Teve colo, teve parceria, teve amor, teve apoio, teve ajuda, teve tudo com ele.) ... ao voltar a fita, entendeu. Entendeu que durante esse tempo todo, era ele quem dava, partilhava, entregava. Ela só recebia, sentiu-se um "parasita" e ao se sentir assim, compreendeu... Ele não era mais aquele menino que dava tudo que tinha a ela, que a fazia se sentir a única mulher da face da Terra, ele havia amadurecido. Ela não tinha deixado de ser importante pra ele ou pra vida dele. Não tinha deixado de amá-la, querelá bem, não tinha deixado de sentir saudades, e sentia. Afinal, foram sempre tão próximos, tão íntimos, eram grandes e verdadeiros amigos. Ele só não era mais, "apenas um menino". Ele havia crescido, mas ela... "ainda não".
Por. Bell.B
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14 junho 2012
13 junho 2012
Ontem
Sentiu algo roçar os fios embaralhados em seu rosto,
apertou os olhos sem abri-los e brigando com a preguiça, acabou perdendo feio
ao escutar “Mô... já ta quase na hora...”. Esfregou o rosto contra o travesseiro, afim de se livrar
do seu enorme “mau humor” matinal. (nunca sorria ou expressava alegria ao acordar,
embora fosse extremamente grata por estar abrindo os olhos por mais um dia)
Alguns segundos se passaram, respirou fundo, ajeitou da forma que pode (naquele
momento) os cabelos e sorrindo pra ele (aquele sorriso amassado), o saudou. “bom
dia, Mô”. (Mas não se levantou) Ele já tinha descido, preparado o café, e ela
pra variar, ainda lutava pra sair da cama. (se fosse noite, já teria se
levantado. Pra ela, o bom seria se todos os dias “fossem noite”) Num repente
ele voltou a surgir na porta do quarto e sem ”muitas palavras” a fez entender
que já estavam “quase” atrasados. (Levantou).
Enquanto se arrumava (e isso parecia levar mais tempo do
que pra levantar), ouvia barulhos no andar de baixo. Entre várias coisas que
pensava e planejava, (ou tentava) era surpreendida com um sorriso, uma frase,
um olhar dele. (mesmo quando, ele não estava tão perto) Nessas horas, acabava
sorrindo e perdendo a meada do raciocínio. Sacudia a cabeça, esfregava as
palmas das mãos no rosto, fixava o olhar em um ponto qualquer, na tentativa de “enfim”
conseguir foco. Foco em que? E quem quer saber?! Foda-se! As coisas estavam
seguindo de uma maneira “surpreendentemente” diferente do seu “habitual”. Vivia com suas horas contadas, suas tarefas
agendadas, seus compromissos na ponta do “marca texto”. Pontualidade, honrar
compromissos, cumprir suas tarefas, eram LEI. Nunca se perdoava, quando algo
não saia (ou) saia de seu controle. Porém... aquele menino/homem havia mudado “quase
nada” nela, mas fora tão radical, que aparentemente “TUDO estava diferente com
ela”.
Enquanto estava na dúvida (preto ou areia) entre qual
blusa por, ele atravessou o closet com um ar de “desafio” que a fez “outra vez”
perder o rumo. Ficou ali de pé com uma blusa em cada mão, perplexa, observando
os movimentos dele... (vestiu a calça, depois as meias, olhou para as camisas,
dedilhou algumas, como quem parece estar na dúvida. (ela odiava vê-lo provocá-la
assim) Apanhou a branca (ele sabia que ela adorava essa combinação) e em menos
de 10 minutos estava pronto. (lindo, tão lindo que a fez ficar ainda mais
irritada) Vestiu a preta, colocou a calça, subiu nos saltos. Estava “agora”
também pronta). Desceram, apanharam seus
objetos pessoais (inseparáveis) e saíram. Embora tivessem cumprido todos os
primeiros “rituais” do dia, a sensação que ela tinha, era de que “faltava algo”.
Esforçava-se pra lembrar e quando estava quase lá, ele despistou-a com um
selinho. Por estarem atrasados e não terem até o trabalho (o mesmo caminho),
apressaram-se. Ele pro seu lado, ela pro dela. A uns 20 passos de distancia, antes que ele
sumisse de seu alcance visual ao virar a esquina, ela voltou o olhar pra trás e
coincidentemente ou não, ele tinha feito o mesmo. Se olharam, sorriram um
sorriso carregado de “bom dia/te amo” e voltaram rumo aos seus destinos.
Durante o dia todo, ela ficou presa aquela sensação. Não
perdeu nenhum de seus compromissos, fez tudo que tinha e precisava fazer. As
horas pareciam se arrasta. (era sempre assim pra ela) Mas alguma coisa parecia
não ter sido cumprida ou feita. Mas o que? Tinha sido ágil e por isso, ganhou
40 minutos sem que precisasse olhar o relógio e cumprir qualquer tarefa.
Apanhou a agenda a revisou. (nada) Mas ainda estava angustiada. (estranha)
Agora estava incomodada. Não tinha mais o que fazer, mas lhe faltava. (e não
era tempo, ainda tinha 36 minutos) “Ok!” (disse a si mesma) “Pense garota!
Pense!” (estava quase entrando em pânico, quando sua inquietação foi
interrompida por uma campainha. “sinal de saída”) Apanhou suas coisas, e deu
Graças por estar indo pra casa. Mesmo cansa, apertou o passo. Precisava chegar
em casa e dividir com ele seu dia. Tinham o costume de contar um ao outro, o
que se passava quando não estavam juntos. Enquanto caminhava olhando a “vida”,
viu um casal discutindo. O rapaz tinha nas mãos um embrulho bonito, mas a
garota tinha nos olhos, lágrimas. Falavam num tom sério e alto. Pareciam não se
importar, com quem pudesse ouvir o que falavam. Entre as frases que um jogava
na cara do outro ali, uma a fez lembrar o que quase há consumiu o dia todo. “EU
NÃO QUERO PRESENTE DE DIA DOS NAMORADOS! QUANDO VAI ENTENDER QUE O QUE QUERO É
VOCÊ!” Olhou pro relógio (soltou um “caralho” no meio da rua), o nó subiu pela
sua garganta e a fez correr. Agora ela tinha e não tinha tempo. Enquanto
corria, pensou em parar em uma loja, uma bomboneria, precisava chegar em casa
com alguma coisa nas mãos. Como pode esquecer? Como foi capaz de não lembrar!?
(Não parou) E quando se deu conta, já estava de pé na frente da porta, com a
chave nas mãos. (não esteja em casa “repetiu isso em pensamento por 2 vezes”,
assim teria um pouco mais de tempo pra preparar algo). Abriu a porta.
Ofegante e muito cansada, atirou a bolsa na poltrona,
jogou as chaves na mesinha e bateu a mão no botão. (a luz não acendeu e seu
coração disparou, parecia haver uma revoada de borboletas em seu estômago) Os
dois primeiros passos, foram dados com receio/medo talvez. Quando adentrou de
vez na sala de jantar, seu olhar alcançou a luz das velas, a mesa posta e as
flores. (Mas nada daquilo, era mais lindo ou mais perfeito, do que aquele
olhar. Do que a forma que ele tinha de olhar pra ela. Se não houvesse as velas,
a mesa posta, a surpresa, ainda sim, seria perfeito. Era ELE! Ele quem movia os
sentidos na vida dela. Ele que fazia de qualquer momento comum... MAGIA) Não
conteve a emoção e ao ouvi-lo “Feliz dia dos namorados, minha eterna namorada!”
desabou. Estava tudo lindo, perfeito. Viu ele fazer, o que ela havia a menos de
2 minutos projetado em mente. Em meio a milhões de pensamentos (desordenados)
sem dizer absolutamente nada. (não por não querer, não por não saber, mas por
não conseguir) Apanhou as flores, o beijou e num misto de surpresa, paixão e
amor, entregou-se a ele. Não jantaram, quase não falaram. Amaram-se ali mesmo,
entre a luz das velas e o calor do momento. Dormiram no tapete, ele vestido
dela, e ela coberta dele.
Por. Bell.B
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Resposta
11 junho 2012
Não é...
Não é a força que seus braços demonstram ter, que me deixam sem ação... Mas a sutileza a qual, teus punhos pesados, me tocam. Não é o seu olhar sério, mirado aos meus, que me intimidam... Mas sim, o brilho que refletem os meus, ao ver a verdade nas tuas retinas. Não é o tom seguro e certo da sua voz, que me estremece... São os teus sussurros, quase que mudos ao pé do meu ouvido, que me fazem perder completamente o rumo. Não são as tuas promessas, que me seguram, nem o peso de seriedade que ecoa das tuas cordas vocais que me prendem... É o movimento pausado dos teus lábios atrevidos que me roubam a paz e me tiram o juízo e fazem das minhas decisões sensatas, apenas pensamentos repentinos.
Não é o que você diz sentir por mim, que me fascina. Nem são as tuas juras malucas que me encantam... É a maneira em que simplificas as coisas mais absurdas, é o modo em que me faz acreditar que sejam sonhos, as mais absurdas loucuras. É a maneira em que suspiro fundo a cada pausa tua, a forma em que meu organismo reagi as tuas pronuncias... Sem controle, sem medo... Segura!
Não é o que sonhamos que me assusta....
Nem são as vontades que temos, que me encabula...
... É o medo de acordar
... É a ânsia de viver
... É a vontade de estar
É saber que ali, logo em frente...
... o nosso futuro está.
Não é o que você diz sentir por mim, que me fascina. Nem são as tuas juras malucas que me encantam... É a maneira em que simplificas as coisas mais absurdas, é o modo em que me faz acreditar que sejam sonhos, as mais absurdas loucuras. É a maneira em que suspiro fundo a cada pausa tua, a forma em que meu organismo reagi as tuas pronuncias... Sem controle, sem medo... Segura!
Não é o que sonhamos que me assusta....
Nem são as vontades que temos, que me encabula...
... É o medo de acordar
... É a ânsia de viver
... É a vontade de estar
É saber que ali, logo em frente...
... o nosso futuro está.
Por. Bell.B
Anjo
Anjo de armadura pura, faz trilha nas minhas impuras fantasias,
e toma do solo da minha inconsciência, sangue nas mãos.
Anjo que fere seus olhos ao perceber meu olhar em vão.
Anjo que se perde nos meus lábios secos e na minha doce solidão.
Anjo que luta pra salvar-me do fogo, que inferniza o coração.
Anjo que se lança em meu dorso e galopa na minha imaginação.
Anjo que fere seus olhos ao perceber meu olhar em vão.
Anjo que se perde nos meus lábios secos e na minha doce solidão.
Anjo que luta pra salvar-me do fogo, que inferniza o coração.
Anjo que se lança em meu dorso e galopa na minha imaginação.
Anjo que tenta salvar, mais uma alma da desilusão.
Anjo que me pergunta:
Anjo que me pergunta:
- Quem te perturba?
- Quem te força a caminhar na estrada da solidão?
E eu respondo ao Anjo da salvação:
- Quem te força a caminhar na estrada da solidão?
E eu respondo ao Anjo da salvação:
- O amor me perturba, pois quem eu amei me largou no chão,
e sem ele não há caminho, se não o da escuridão!
- Querido ser da criação!
Podes não ser a mais bela das afortunadas;
Mais é o mais doce ser criação! (Diz-me o Anjo).
Eu bato as mãos contra o peito e jogo o pó da desilusão no chão.
Olho pro meu Anjo e o agradeço com satisfação.
Pois hoje renasci das cinzas e ele me fez perceber que nada na vida é em vão!
A decepção causa sofrimentos, mais a superação, satisfação!
Por. Bell.B- Querido ser da criação!
Podes não ser a mais bela das afortunadas;
Mais é o mais doce ser criação! (Diz-me o Anjo).
Eu bato as mãos contra o peito e jogo o pó da desilusão no chão.
Olho pro meu Anjo e o agradeço com satisfação.
Pois hoje renasci das cinzas e ele me fez perceber que nada na vida é em vão!
A decepção causa sofrimentos, mais a superação, satisfação!
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Angel,
CB,
Conflitos Internos,
We
Garoto
Garoto,
Que me encanta a alma.
Que me faz ver o quanto ainda sou mimada.
Garoto,
Que me tira o juízo.
Que me perturba com sorrisos
Que me encanta a alma.
Que me faz ver o quanto ainda sou mimada.
Garoto,
Que me tira o juízo.
Que me perturba com sorrisos
e me faz sonhar, quando ainda estou acordada.
Garoto,
Que de tudo tira sarro,
Garoto,
Que de tudo tira sarro,
que não teme o futuro e que debocha do passado.
Garoto,
Que me deixa a duvidar das palavras que fala.
Pois não sei se fala sério ou se apenas quer fazer graça.
Garoto que me seduz e que me deixa zonza.
Que faz de mim mulher feita, apenas uma inocente criança.
Garoto,
Que me deixa a duvidar das palavras que fala.
Pois não sei se fala sério ou se apenas quer fazer graça.
Garoto que me seduz e que me deixa zonza.
Que faz de mim mulher feita, apenas uma inocente criança.
Por. Bell.B
01 junho 2012
Esse Amor
Tinha adiantado quase tudo, no dia anterior. Fez isso, no intuito de dormir até mais tarde e quando acordasse, era só se trocar e partir. Mas quem disse que ela conseguiu?!



... Dobrou ao meio o papel, colocou sobre o travesseiro, deu um beijo no cantinho dos lábios dele e saiu. Ao fechar a porta da frente, sentiu seu coração batendo apertado, uma lágrima desceu de seu olho e morreu em seu lábio. Apertou os olhos, e tirando a chave da porta disse baixinho... "Parte tua vai comigo, metade de mim, fica ao teu lado."
Por. Bell.B
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