A música é assim: pergunta, insiste na demorada interrogação
- sobre o amor?, o mundo?, a vida?
Não sabemos, e nunca, nunca o saberemos. Como se nada dissesse vai afinal dizendo tudo. Assim: fluindo, ardendo até ser fulguração – por fim o branco silêncio do deserto. Antes porém, como sílaba trêmula, volta a romper, ferir, acariciar a mais longínqua das estrelas.
- sobre o amor?, o mundo?, a vida?
Não sabemos, e nunca, nunca o saberemos. Como se nada dissesse vai afinal dizendo tudo. Assim: fluindo, ardendo até ser fulguração – por fim o branco silêncio do deserto. Antes porém, como sílaba trêmula, volta a romper, ferir, acariciar a mais longínqua das estrelas.
Por. Eugénio de Andrade
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