14 janeiro 2012

Como Droga


O dia se foi, a noite logo chegou... Passaram-se dias, desde a última hora em que te vi. Mais uma vez senti aquela sensação horrível de poder não te ter mais aqui.


Um trago
Estranho
Vazio
Frio


Escuta, vê, nada faz sentido. As cartas não casam pares, as peças incrivelmente não se encaixam mais, as cores estão perdendo o tom.


Mais um trago
Outro gole
Pensamentos conturbados


Sempre com canções de fundo, fazendo a trilha sonora da dor incansável, da espera dolosa, do não saber se ele vem, mas ela não vai, ela fica, ela ainda respira o sopro de um talvez. Ah... essas horas passadas, que devoram os meus minutos próximos sem piedade, que me torturam lentamente.


Mais um gole
Outro trago


Perde a conta de quantas tantas pontas de cigarro há no aparo, suspiros soltos, mais uma noite, outra madrugada preenchida do silêncio que ecoa pelo quarto e que por mais uma vez... aperta meu peito.

Toma outro gole
Acende outro cigarro


Não sou mais capaz de explicar e se quer entender as sensações que tenho sentido. É uma somatória de sentimentos sem fim, emoções que se aproveitam de mim... mais ainda assim, espero.


Como uma droga”... Total dependência, tem sido assim, mania, vício e todos esses outros nomes que damos quando “precisamos” de algo pra sobreviver. Viver é fatídico, sobreviver é necessidade, estar VIVA exige de si, mais, muito mais... e assim venho seguindo, alimentando-me de novos ares, caminhando por novos rumos, voltando a sorrir. 
Por. Bell.B

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