22 janeiro 2012

Absurdo


Era absurdo. Quase podia ofender os sonhos alheios, porém... A troca de olhares naquele instante era como se as retinas captassem todos os segredos um do outro. Como se escondessem algo nos ossos, não deles, mas dos outros, do mundo. Aquele mundo sujo, que por tanto, envenenou o sangue, a carne, mas não a ALMA deles. Esta permaneceu intacta, perdurou calada, e certa de que a hora certa chegaria. Ela nunca, jamais foi corrompida pela inveja, pelos não amados, pelos infelizes.O destino fez com que, sofressem calados, hora juntos outras separados. E era assim o segredo do tempo ou da vida, do destino que pra eles estava guardado. Algo que não podia ser dito aos outros antes e que agora se rompe como uma represa sem comportas sustentáveis. O momento pede certo silêncio, escutem... Contemplem, admirem o som que faz o que sentimos, sem se quer precisarmos dizer! Porque o que nós sentimos um pelo outro não pode ser entendido, explicado ou até mesmo traduzido, porque as palavras não suportariam a intensidade da verdade, porque as palavras desconhecem o peso da verdade, porque é tão absurdamente indescritível o que sentimos, que apesar de querer gritar ao mundo o que sinto, ainda prefiro que meus olhos te digam, sem precisar nada ser dito.
 Por. Bell.B

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