Por. Bell.B
Dedilhava as marcas em sua pele e era capaz de sentir na ponta dos dedos o relevo da alma... By.CB
28 maio 2012
Nome e Sobrenome
25 maio 2012
Por Você Vale
(O celular toca, ela corre pra atender, quando olha o visor faz careta ¬¬ "não era ele")
- Bell, baixa umas músicas pra festa, pra mim?
- Claro! Quais quer?
- Ah, aquelas que estão nas paradas, modinhas, tipo "Eu quero thu eu quero tha, Humilde Residencia, Mata Papai, Meteoro, etc... ahhh essas assim Bell"
(Torceu o bico do outro lado da linha e deu Graças por não poder ser vista)
- O.o... Jura?
- Para, faz essa por mim vai!?
- Thá! Mas só porque é você viu!
(Desligou o telefone, e se perguntou por onde começar... Não tinha nada disso no PC, sequer escutava esse estilo de música. Mas prometeu, então foi a caça... )
Eu tinha a casa pra arrumar, as contas pra ir pagar, as unhas, cabelo, a roupa que vou usar sábado pra passar. Mas sentei-me rindo na cadeira de mim mesma e fui cumprir a promessa. Comecei com os nomes que já tinha, e fui pulando de site em site até completar uma lista com 48 músicas. Me senti o máximo. Tinha acabado de criar uma coletânea das músicas "sertanojos" mais tocadas nas paradas. O que ninguém sabe, é que pra mim, todas são novidade. Quem me conhece sabe, não torço o bico pra quase nenhuma canção. Só não escuto muito, esse estilo. Acredito que todas as canções, sem restrição, tem uma puta carga de sentimento. E não é que eu, no meu estilo ROCK/POP acabei que me vendo, me encontrando, te encontrando em várias dessas que ouvi hoje!? Algumas, eu até me surpreendi cantando, pode?! Ahhhh pode! Por você pode e vale tudo. Vale topar com o mindinho na quina do sofá, enquanto danço no meio da sala com os fones de ouvido. Vale pagar mico na rua, enquanto caminho gesticulando e rindo feito boba te ouvindo. Vale ser interrompida pelo interfone (porteiro dizendo que estão reclamando do volume) no meio de um agudo, enquanto acompanho uma música cantando pra você, Vale até escutar "sertanojo" e bater no peito enquanto BERRO o refrão, na tentativa de te fazer me ouvir a quilômetros de distancia!
Quando estamos apaixonados, encantados, enfeitiçados de amor, tudo tem e faz sentido. Tudo tem graça. A piada mais idiota do mundo, é motivação pra dar aquela gargalhada. O filme mais ridículo do planeta, acaba exibindo uma cena, na qual você se vê, e te faz sorrir de levinho. Até aquele amigo chato que só reclama, parece ser o cara mais legal do mundo. Tu olha pra tudo com cara de "Monalisa", faz as obrigações como se elas fossem um prazer. Chora pelas coisas mais bobas possíveis. Suspira do nada, se perde em devaneios. Sente vontade de sair correndo, de contar a ele sobre coisas que não fazem o menor sentido. Pede ao Papai do Céu que acelere o dia, pra que possa estar com ele logo. Quando esta com ele, pede ao Papai do Céu pra parar o tempo (deixa o Papai do Céu doido... ¬¬). Passa a maior parte do dia ensaiando as coisas que vai dizer, seleciona os momentos que vai contar e quando ele chega, quando aquela janelinha do msn sobe, ou quando o e-mail avisa que entrou um scrap. PORRA! Tu esquece tudo e só manda "Eu amo você!" Fica puta consigo mesma por não saber o que dizer, sente vontade de se beliscar (e até se belisca, ele não pode ver mesmo, não por ali). Ahhh... você perde a noção messssmo! Mas e daí?! Ele nem liga :p. E ai, passam-se algumas horas, vocês falam sobre tudo, dividem, somam, às vezes brigam, mas nada muda, não faz ser diferente, o que manda mesmo, é o que sentem. E isso... não tem explicação, e nessa hora, eu canto pra ele, ele canta pra mim, e quem conta tudo sobre o que sentimos um pelo outro, são as canções. Sejam elas do nosso estilo ou não!
Por. Bell.B
Sweet Morning


"Confesso que chorei lendo sua carta, uma, duas, três, quatro, cinco... até cair no sono, dormi sobre a mesa, acordei com o papel ainda grudado em minhas mãos. Na hora que acordei dei graças que escreveu a lápis. Sério. Se fosse a caneta seu choro teria borrado toda a carta"
Eu nem tinha terminado a primeira frase, mas já estava aos prantos. Um cheiro invadiu o cômodo todo. Enquanto lia soluçando, atropelando pontos, espaços, virgulas. Tentava reconhecer o perfume no ar, sorria. Li, uma, duas, três, quatro vezes. Mas li duas vezes mais a parte em que dizia "Quando terminar de ler pela segunda vez (lembrei do lance de termos muito de numero 2 em nossas vidas) desça as escadas." Café! O perfume era café. Quando reconheci, tive certeza de que ele havia compreendido. E embora tivesse, isso não tinha mudado o que tínhamos. Dei um salto da cama, com a carta na mão e só quando estava no corredor, foi que me lembrei da observação. "Ah, coloca um roupão por cima do pijama, ta meio friozinho hoje..." Voltei correndo pro quarto, apanhei o roupão e ainda vestindo, desci. Quando faltavam uns 6 passos pra avistar a porta. Parei. (Me lembrei que não tinha penteado o cabelo (devia estar a cara do Simba ¬¬), não tinha escovado os dentes, tinha deixado um par da meia na cama... quase subi pra me arrumar. Mas eu precisava, tão mais encontrá-lo, do que me arrumar pro encontro. Que a minha vaidade perdeu feio pra minha necessidade)
Por .Bell.B
24 maio 2012
Sozinha
Ela caminhava sem rumo, os pensamentos vagavam tão aleatoriamente, que ela não era capaz de se fixar a nenhum deles. Um par de sandálias em uma das mãos, nada na outra. Às vezes usava a mão vaga, para ajeitar o cabelo atrás da orelha, quando o vento soprava um pouco mais forte e o jogava na frente dos olhos. Não gostava muito de caminhar (na verdade detestava), mas fazia isso sempre que seu coração apertava. (e embora não gostasse, fazia muito) Particularmente neste dia, não estava assim "tão" triste. Talvez estivesse acostumando-se a ideia de "caminhar" e por ser orgulhosa demais pra contrariar seus "supostos gostos" ou "concordar" com o que a maioria diz, sobre caminhadas (faz bem a saúde, você acostuma), acabava que inventando o tal do "preciso andar pra espairecer" . Enfim, seja lá qual o real motivo da jornada, lá estava ela na beira da orla, com seu vestido de tecido leve (viscose talvez), tão leve, que quando o vento batia contra ela com um pouco mais de força, precisava levar as mãos entre as pernas e impedir que ele subisse até sua cintura. Seria constrangedor, se não fosse engraçado. E isso aconteceu algumas vezes, e em todas elas, ela sorrio descontraída, cheia de charme e graça, como se tivesse apenas ajeitando o cabelo atrás da orelha (isso era quase um cacoete ou um toque, não sei). A maré subia enquanto o Sol parecia se esconder por trás da água salgada e gelada. As ondas quebravam na ponta da praia e tocavam seus pés (vinham como súditos rastejando até ela, era assim que ela pensava, quando a onda chegava aos seus pés), cada vez que água tocava a sola dos pés dela, ela acordava de um pensamento. Eram tantos pensamentos, eram tantas ondas morrendo aos seus pés. Sorria cada vez que sentia a água fria cocegar seus dedos. (na verdade sorria de si mesma, por gostar de algo que detestava, e cada vez que isso acontecia, dizia a si mesma o quanto se sentia maluca. Como poderia gostar da sensação da água gelada nos pés, se detestava o frio, detestava até mesmo, tomar água... maluca) Passava das 18:00 hrs, o vento soprava com mais força e agora era obrigada a segurar além das sandálias, o vestido (desejou ser um polvo, naquele momento. Assim poderia segurar as sandálias, o vestido e ainda ajeitar o cabelo, que com a força do vento, atrapalhava sua visão e entrava ora e outra, no cantinho de sua boca). Parou em um ponto cego, (não queria ser vista) antes de sentar, soltou as sandálias. Tirou do pulso um lacinho preto, prendeu os cabelos, tirou os óculos e pendurou na fenda do decote. Sorrio olhando pra quela imensidão de água, pro vento, pro som do nada/tudo que ecoava a sua volta, em seu ouvido, em sua mente (quase que purificando seus pensamentos, que até então, estavam tão aleatoriamente conturbados). Respirou fundo, e sentiu-se feliz por não estar pensando em nada. Nada que a deixasse inquieta, agoniada, desesperada. Sentou-se, viu o Sol terminar de se esconder e pensou, "bom menino, agora deixe a Rainha fazer a Corte" mas a noite não estava digna de sua presença, ou talvez ela não estivesse disposta naquela noite. O Sol se recolheu, a Lua não apareceu. Ela toda cheia de graça, de sonhos, de desejos, sentou-se num canto ermo. Gostava de solidão, às vezes. Gostava da companhia de si mesma, quando não se julgava uma "boa companhia", mas quem a conhecia, sabia... que no fundo, o que ela mais queria naquele fim de tarde, era não precisar se sentir tão sozinha.
Por. Bell.B
Tudo Diferente

"... não some, não vai... ao contrario, aparece, vem... vem pq te amo e sei que vc tbm me ama... esse menino encontrou as cores que roubaram dele, esse menino voltou a ver um sentido pra essa "coisa" de vida, esse menino voltou a acreditar que o amor também existe pra ele."
Essa menina não acreditava mais nas cores, no brilho. Ela não sabia mais pra onde ir ou porque continuar. Esta menina não sabia mais se o que sentia e se realmente sentia. Mas ela encontrou um menino, que ensinou a ela, como pintar novas cores, como caminhar sobre espinhos, como sentir o amor, sem sentir medo de amar. Eu não vou sumir, não enquanto tiver você, pra me pedir pra continuar a aparecer. Sei que me amas, e eu... bem, eu a cada dia mais e mais e mais amo mais e cada vez mais, amo você.
Por. Bell.B
23 maio 2012
Com Ele
Ele tinha perdido o controle, ela não tinha mais o domínio da situação.
Renderam-se um ao outro, como há muito desejavam fazer. Fizeram...
... Os olhos dele, pareciam chamá-la "Vem?".
Os lábios dela não se moveram, mas responderam "Vou!".
Todos os sentidos explodiram e quase se poderia jurar, que isso aconteceu ao mesmo tempo. As mãos dele percorriam as extremidades do corpo dela. Ele parecia estar pintando com as pontas dos dedos uma tela viva. A cada movimento atrevido dele, ela se encolhia. Repuxava os músculos, mas não por não querer, e sim por não conseguir se controlar. Ele olhava pra ela, como uma criança ao encontrar seu presente de natal ao pé da lareira. Ela aos 31 anos, olhava pra ele, como uma garota de 13 ao se descobrir apaixonada pela primeira vez. Enquanto ele a encarava, ela mordia de leve o lábio inferior, entrelaçava os dedos nos cabelos, gesticulava mais do o habitual. Não pra provocá-lo, nem pra se mostrar sensual. Mas na tentativa frustrada de ocultar dele, sua timidez. Embora fosse uma mulher decidida, experiente, apimentada como costumam dizer por ai, perto dele, com ele, ela não conseguia ser nada do que fora até aquele momento.
Tocava algo de fundo, a letra era familiar, mas ela estava tão nervosa, que sequer era capaz de identificar com propriedade qual canção e quem cantava. Tentava falar o menos possível, embora falar demais, fosse quase sua marca registrada. Ele se aproximava, mexia na pontinha dos seus cabelos, acariciava seu rosto com delicadeza, sorria pra ela. Ela parecia congelada. Quase não reagia a nenhum movimento sequer. Estava lutando consigo mesma, brigando com o que queria e o que achava que deveria querer. Talvez ele não tivesse percebido a aflição dela. Talvez ele não tivesse notado o quanto ela queria, "não querer, aquele momento". Esquivou-se uma ou duas vezes, tentou recuar, mudar de assunto. (Ingênua) Em vão. Ele sem tantas experiencias de vida mas com um currículo tão de peso quanto o dela.Com jeitinho, um que só ele tem, conseguiu fazer com que aquele duelo dentro da cabeça dela, findasse. Porém... Seu coração apertou de uma tal maneira, que acabou tomando-lhe até o ar. Aparentemente ela tinha e estava no controle. Respirava de vagar, olhava concentradamente pra ele. Às vezes conseguia sorrir. (e como não sorrir perto dele?) Estavam falando alguma coisa banal, quando ele com sua coragem, calou-a com um beijo. Ela por sua vez, e desta vez sem coragem alguma, não foi capaz de pará-lo. Enquanto sentia seu coração descompassado, e todos os músculos do seu abdômen contrair, colocou-se em seu colo, rendeu-se aos beijos e afagos e se permitiu sentir...
... Seus lábios encaixavam-se nos dele, suas mãos perdiam-se entre os fios lisos e dourados. Pensou em abrir os olhos, mas não foi capaz. Não queria sair daquele transe, daquele frenesi. Na verdade, talvez não tenha aberto, por medo. Medo de estar em um sonho. Ele a tomou pra ele, ela se entregou sem resistência. Beijou, mordeu, lambeu cada centímetro do corpo dela. Ela lambeu, mordeu, beijou, cada pedacinho do corpo dele. Se apertaram, se misturaram, gozaram, tornaram-se um.
Não foi dele, o primeiro beijo dela. Não foi com ele, a primeira transa dela. Não havia sido ele, o seu primeiro amor. Mas foi com ele, o beijo mais doce. Foi com ele, a primeira vez em que ela atreveu-se dizer "fazer amor". Era ele, não o primeiro, mas sabia ela, que seria ele pra sempre, seu eterno amor.
Renderam-se um ao outro, como há muito desejavam fazer. Fizeram...
... Os olhos dele, pareciam chamá-la "Vem?".
Os lábios dela não se moveram, mas responderam "Vou!".
Todos os sentidos explodiram e quase se poderia jurar, que isso aconteceu ao mesmo tempo. As mãos dele percorriam as extremidades do corpo dela. Ele parecia estar pintando com as pontas dos dedos uma tela viva. A cada movimento atrevido dele, ela se encolhia. Repuxava os músculos, mas não por não querer, e sim por não conseguir se controlar. Ele olhava pra ela, como uma criança ao encontrar seu presente de natal ao pé da lareira. Ela aos 31 anos, olhava pra ele, como uma garota de 13 ao se descobrir apaixonada pela primeira vez. Enquanto ele a encarava, ela mordia de leve o lábio inferior, entrelaçava os dedos nos cabelos, gesticulava mais do o habitual. Não pra provocá-lo, nem pra se mostrar sensual. Mas na tentativa frustrada de ocultar dele, sua timidez. Embora fosse uma mulher decidida, experiente, apimentada como costumam dizer por ai, perto dele, com ele, ela não conseguia ser nada do que fora até aquele momento.
Tocava algo de fundo, a letra era familiar, mas ela estava tão nervosa, que sequer era capaz de identificar com propriedade qual canção e quem cantava. Tentava falar o menos possível, embora falar demais, fosse quase sua marca registrada. Ele se aproximava, mexia na pontinha dos seus cabelos, acariciava seu rosto com delicadeza, sorria pra ela. Ela parecia congelada. Quase não reagia a nenhum movimento sequer. Estava lutando consigo mesma, brigando com o que queria e o que achava que deveria querer. Talvez ele não tivesse percebido a aflição dela. Talvez ele não tivesse notado o quanto ela queria, "não querer, aquele momento". Esquivou-se uma ou duas vezes, tentou recuar, mudar de assunto. (Ingênua) Em vão. Ele sem tantas experiencias de vida mas com um currículo tão de peso quanto o dela.Com jeitinho, um que só ele tem, conseguiu fazer com que aquele duelo dentro da cabeça dela, findasse. Porém... Seu coração apertou de uma tal maneira, que acabou tomando-lhe até o ar. Aparentemente ela tinha e estava no controle. Respirava de vagar, olhava concentradamente pra ele. Às vezes conseguia sorrir. (e como não sorrir perto dele?) Estavam falando alguma coisa banal, quando ele com sua coragem, calou-a com um beijo. Ela por sua vez, e desta vez sem coragem alguma, não foi capaz de pará-lo. Enquanto sentia seu coração descompassado, e todos os músculos do seu abdômen contrair, colocou-se em seu colo, rendeu-se aos beijos e afagos e se permitiu sentir...
... Seus lábios encaixavam-se nos dele, suas mãos perdiam-se entre os fios lisos e dourados. Pensou em abrir os olhos, mas não foi capaz. Não queria sair daquele transe, daquele frenesi. Na verdade, talvez não tenha aberto, por medo. Medo de estar em um sonho. Ele a tomou pra ele, ela se entregou sem resistência. Beijou, mordeu, lambeu cada centímetro do corpo dela. Ela lambeu, mordeu, beijou, cada pedacinho do corpo dele. Se apertaram, se misturaram, gozaram, tornaram-se um.
Não foi dele, o primeiro beijo dela. Não foi com ele, a primeira transa dela. Não havia sido ele, o seu primeiro amor. Mas foi com ele, o beijo mais doce. Foi com ele, a primeira vez em que ela atreveu-se dizer "fazer amor". Era ele, não o primeiro, mas sabia ela, que seria ele pra sempre, seu eterno amor.
Por. Bell.B
Sentir
Despertar, deixar o sol entrar, ser capaz de sorrir sem motivos aparentes.
Poder sentir lá dentro (bem la no fundo) a sensação de ser amado.
É isso que quero...
Olhar pro visor do celular, sentir o coração disparar quando o led da mensagem entrar.
Suspirar, inspirar, me atirar na cama e escutar as palavras da canção invadir minha alma.
É só isso...
É só de tudo isso que preciso.
Saber, sentir... TE SENTIR!
Poder sentir lá dentro (bem la no fundo) a sensação de ser amado.
É isso que quero...
Olhar pro visor do celular, sentir o coração disparar quando o led da mensagem entrar.
Suspirar, inspirar, me atirar na cama e escutar as palavras da canção invadir minha alma.
É só isso...
É só de tudo isso que preciso.
Saber, sentir... TE SENTIR!
Por. Bell.B
Sempre
É indescritível a sensação que sinto. Não é diferente das que já senti e nem igual, é "única". É como se eu soubesse exatamente o que você vai dizer, fazer, como vai agir e não conseguir reagir da forma que me preparo, por já saber. É inacreditável isso, essa força, esse poder que você tem de manipular as minhas sensações, das maneiras mais surpreendentes possíveis. Com você não consigo ser calculista, objetiva, é sempre um passo no escuro, e mesmo temendo, gosto disso. Gosto do que sinto, do que você me faz sentir. Fiquei revivendo os detalhes, as frases, o mimo em que “tece” cada próxima cena e a forma em que elas me prendem em emaranhados de sentimentos e sonhos. Quando meus olhos estão em você, o mundo lá fora é invisível, supérfluo, inexistente. Muitas vezes, assim como você, repito cenas, uso as mesmas frases de efeito, canto as mesmas letras, e embora pareça repetições do mesmo ato, são só formas e maneiras de expressar um sentimento que se repete, se acumula, se renova dia a dia. É estranhamente gostoso essa falta doída que sinto, quando esta longe, mas gostosa. Por saber que sinto, que sentes, que não acaba a vontade e ao contrário do esperado, transborda. Perco-me lendo, relendo (nada novo), adoro quando me atrapalha na cozinha, no banho, não posso evitar minha petulância e tenho necessidade de invadir sua aula, seu dia a dia, bagunçar seus pensamentos, perturbar teu sono. Junto a tudo que temos, passamos, vivemos, não existem incógnitas. Existem muitas partes misteriosas que ainda decifraremos, mas para apimentarmos o ciclo, nos fazemos de desentendidos. Eu sorrio ao te ver fazer cara de bobo, você sorri ao me ver encabulada, é um completo imperfeito cheio de maneiras imperfeitas de nos completarmos, e ainda que complexo, único. E talvez e por isso, seja duradouro, seja inviolável, seja pra sempre. Um "pra sempre" que espero que nunca acabe.
Por Bell.B
Deixa Queimar
Ela pensa "inocente" não percebe ele, não se deixa perceber, que a muito dominou-me não só corpo, como alma e por mais que eu tente dissimular e fingir que as coisas mudam, ele domina minha mente completamente. Sim, eu não me sinto, eu não respiro, eu não vivo sem ele. É um medo esse meu medo de perdê-lo, que tento frustradamente ocultar de mim o que a boca encurta, mas os sentimentos estendem. Não, eu não ligo para o que pensam, para o que acham. Eu me perdi nele, e sem ele eu não me acho.
Fitava ela a fome dele e sentia ele o desejo dela. Não sabia o que tecia o amanhã e também pouco se importava com o amanhã. Era dele agora, como ontem. E hoje sabia, que amanhã também seria ela dele, assim como sempre foi. Sorria ela safada, sacana, vadia pra ele, e ele entendia nos lábios dela sem pronuncias, o quão ela queria a violência e a aspereza dele. Não continha e nem tinha pudores (na verdade tinha sim, mas não com ele). Era crua e tão nua a carne dela a mercê dele, como quando pura, ao mundo veio nua antes mesmo de conhecê-lo. Com a contundência dos verbos, idealizou cenas na mente, perdeu-se entre os delírios enquanto o coração disparava tão freneticamente quanto sua respiração. Afrontei-te como quem tem domínio,
rendi-me a tua falta de juízo, estiquei-me, contorci-me, recitei-te ao entrelaçar dos lençóis... Gemidos.
"Sem vergonha" ele diz. "Puto" respondo. Silêncio, pegadas fortes, leves movimentos. O ranger dos dentes invade o cômodo, as unhas cravam a carne, os tapas estralam no dorso quente. Uma lágrima, um sorriso, o prazer. A dor, o tesão, é amor, é o não controle, dominando a gente. São seus verbos chulos entorpecendo minha mente, são as minhas respostas insanas devorando-te ferozmente.
É querer, é ter, é possuir...
... é queimar em você, o que arde em mim
Por.Bell.B
14 maio 2012
Despertar
Enquanto você sorria pra mim, eu perguntava o que era, e
você continuava a sorrir. Passava de leve os dedos sobre as linhas do meu
rosto, sem dizer e em alguns momentos sem sorrir com os lábios. Mas seus
olhos... Estes eram dignos de serem comparados a uma gostosa gargalhada. Não sei dizer ao certo, por quanto tempo
ficamos presos naquele instante. Nós, parecíamos congelados, a nossa volta,
tudo passava tão rápido, havia movimentos de cores em borrões como se tudo
estivesse sendo puxado pra algum lugar, que não ali. E enquanto tudo ia se
misturando (pessoas, luzes, paisagens) seu rosto ia lentamente se aproximando
do meu, até que seus lábios tocaram os meus... (Despertei!)
“Não! Vamos comer hot dog, nem ligo pra almoço glamoroso ou coisa do tipo, sendo contigo, até pão com ovo frito é especial”.
Enquanto você escrevia este bilhete/carta, eu sonhava com você. Acho que por ter ficado me olhando, acabou conseguindo invadir o meu sonho. Eu fico completamente “passada” com o poder que você exerce em meu subconsciente sabia? (Confesso que às vezes tenho medo disso ¬¬) . Mentira! Não tenho não! Eu ia argumentar e dizer algumas coisas, te contar sobre o sonho, mas você me surpreendeu mais uma vez. Quando ameacei debater com o bilhetinho, li “Quieta, continua lendo/me ouvindo, só por enquanto, pode ser?!”. Acabei rindo alto, levei o dedinho nos lábios, sacudi a cabeça e respondi a você/bilhete, "Ok mandão...!"
Terminei de ler tudinho, com aquela cara de "retardada" que tu conhece bem, depois reli tudo outra vez, adoro te ouvir/ler quando não esta por perto, fazendo isso, nunca fico sozinha. Depois que acabei de ler pela quarta vez, segui a orientação final, alias, a melhor :p "Fica na cama até eu chegar, vou adorar chegar e te ver ainda meio dormindo, entrar de mansinho por baixo das cobertas e te ver acordar de novo." Acho que mesmo que não a tivesse recomendado, eu teria ficado, rs. Esta frio la fora, a garoa esta apertadinha e como tu bem sabe... DETESTO essa época do ano. Então talvez quando pegar esse meu recadinho, eu realmente esteja dormindo. E você realmente vai me ver acordar. Mas não faça isso, sem antes preparar o jantar. Hoje não quero fazer nada, senão pensar/sonhar contigo.
Te amo mais e muito, sempre a cada vez mais!
Por. Bell.B07 maio 2012
A Carta
Depois de ter picado todos os bilhetes que me deixou, ter jogado todos os livros que me arremetiam à você, fora. Depois de ter riscado com a ponta da navalha, todos os CD's que montei, pensando em nós... Apanhei sua ultima carta e fui até o lugar, aonde sempre íamos pra nos encontrarmos, mesmo quando apenas só um de nós, ia até lá.

(Não vou dizer que não estou com lágrimas nos olhos escrevendo isso (tive que parar algumas vezes, acho que por isso que tudo está meio desconexo) e sei que vai estar quando ler... mas quero que fique bem, saiba que te desejo tudo de bom, de coração, você merece um futuro incrível que, momentaneamente, não vai mais contar com a minha presença...) (Eu também "parei várias vezes", sempre que voltava a ler, sentia um calafrio na espinha, um nó na garganta, um desespero sem fim.)
O "ranger de um motor" me fez frear o choro que parecia querer romper a qualquer momento. Era bem familiar aquele barulho pra mim. Rapidamente apertei o papel e o enfiei novamente no bolso. Voltei minha atenção ao ruído que havia interrompido minhas emoções. Apertei os olhos com força, e assim fiquei por alguns minutos. (Silêncio) Parecia naquele momento, que o tempo estava parado. Não ouvi o barulho do mar, não senti as vibrações das ondas, nem mesmo o vento parecia soprar. Ameacei levantar para ver se o tal "barulho de motor" atrás da rocha que estava sentada, era mesmo do carro dele. (Não, não seja boba! O que ele viria fazer aqui, depois de tudo que lhe disse?!) Rangi os dentes, voltei a recostar na pedra enorme atrás das minhas costas e apanhei a carta. Não precisava ler, sabia de cor o que estava escrito ali. As lágrimas romperam e apertei com tanta força o papel, que o senti virar uma bolinha no centro da palma. Uma onda se formou e veio em minha direção. Ergui o braço o mais alto que pude e com o punho cerrado me preparei para atirar a bolinha, assim que a onda quebrasse. (Em vão) Não consegui. Me perguntei várias vezes o porque


Eu li, reli, voltei a ler, do momento em que apanhei aquela carta, não consegui fixar os olhos em outras palavras, em nenhuma outra linha. Sorri, chorei, xinguei! Suspirei, respirei, sentei na beira do guarde reio e tudo pareceu a voltar a vida. As ondas pareciam cantar, o vento serenava meus cabelos e sussurrava em meus ouvidos. As estrelas cintilavam ao invés de brilhar. Até o peso em meus ombros e a dor que sentia na alma, sumiram... Não sei aonde foram parar aquelas chagas que pareci carregar por séculos. Li muitas vezes o conteúdo todo da carta, e enquanto lia aquele novo pedacinho de papel que não era, mas parecia mágico, não me dei conta de que a bolinha de papel tinha sido carregada pelo vento e já estava dançando entre água, na beradinha da praia. Quando percebi a falta, já estava longe, ia e vinha com a onda, mas eu estava tão encantada com a nova carta, que não queria romper a magia indo apanhar aquele outro pedacinho de papel, que havia roubado minha paz por tantos dias. Voltei a ler as ultimas linhas...
" Sei que pedi que fosse, sei que fiz uma escolha, porém agora quero desfaze-la. Mas agora quero recomeçar do zero, dessa vez com mais solidez, as paredes de tijolos mais firmes, o muro de pedras... Será que ainda tenho esse direito? Tomara.
Com amor, Michael."

Por. Bell.B
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