03 outubro 2012

Ela é...

 Ela é uma mulher misteriosa e isso a torna perigosa. É Esfinge e finge perniciosa. Transmuta na loba e na cadela. Late gostoso, pica, injeta o veneno e goza. Ela é o vício da papoula, da trilha de cânhamo e pira. Ela mexe com os instintos... Os mais primitivos... Ela grita, ela morde. Comigo, ela fode como ninguém... É dama, donzela e cortesã nas horas vagas. Tudo pra mim. Ela é libido e lanha a lua minguante. Se toca no corte e se assanha. Ela é a dona dos horizontes, e por fim, se mostra delicada, se dá, se morde e se entrega. É o veneno escorrido da pele que se derrama. Ela é a mais santa de todas as mulheres. Ele te tatua de esperma. De saliva. Te alimenta com o "leite puro". Jorra com vontade na tua boca. Mas, esfomeada, nunca sacia. Quer sempre mais o deleite... a proteína dele. E ele não se faz de rogado, entorna mais o bocado do grosso caldo. Te lava por dentro e por fora. Te alimenta no talo. E por momento, acaba com tua gula. Deslizo a sua imagem pelo meu pensamento, o seu cheiro pelo meu sangue, a sua voz, as suas palavras pelo meu desejo. Deslizo as minhas mãos por entre as suas coxas, a minha boca pelos seus lábios, o meu corpo pelo seu. Deslizo, tudo o que pode haver no mundo, e que no entanto somos apenas só nós dois. Deslizar de sonhos, de espaços intermináveis, de amor, paixão incontrolável, Infinito... Deslizo trêmulo, nervoso pelo meu desejo de não deixá-la deslizar por entre as minhas mãos.
Desconheço Autoria

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