
As férias estavam acabando, logo começaria a rotina detestável
de horários e compromissos dos quais ela não teria como se esquivar. Então
talvez fosse isso, ela detesta essa droga de ter que cumprir horários e
compromissos, dos quais não pode recusar. Não, não era isso, embora detestasse essa
situação, todavia soube lidar com isso. Então o que de fato vinha pesando?
Tentou não dar ênfase a essa sensação, detestava estar assim, e detestava ainda
mais que a vissem assim. A maioria das pessoas, sequer se davam conta do que de
fato estava acontecendo com ela. Ela era discreta demais quando o assunto era
ela e mais ainda quando o assunto era o que exatamente se passava dentro dela.
Então raramente o que realmente sentia, se fazia notar. A menos por um olhar...
E durante todo o dia pensou nele. E não só, mas também no respirar, no
inspirar, no modo em que ele buscava ar, quando falava com ela. Lembrou da
noite em que correrá desesperadamente para se despedir e não conseguira, e como
era de se esperar, lembrou-se de muitos momentos. Quando estava prestes a
chorar, a memória lhe trouxe o dia em que espremera o dedo na porta do
guarda-roupa enquanto falava com ele. Já estava chegando em casa quando o
celular tocou. Atendeu e somente acenando cumprimentou o zelador, que por sua
vez, gesticulou como quem quer dizer algo. Mas ela não parou, não parou porque
primeiro, estava ao celular, e segundo, não estava afim de conversar.
Certamente seria uma fofoca ou algum aviso de manutenção. Estava cansada,
pesada, eca demais para esse tipo de conversa.
Enquanto olhava os números no digital mudar, lembrou do
dia em que conversava com ele e insanamente subiu as escadas para a ligação não
cortar no elevador. Nem mesmo ela acreditou que foi capaz de fazer isso. Nem
quando faltava energia ela subia as escadas. Deu risada outra vez, se lembrando
das coisas bizarras que fazia com (por)
ele. A sensação que estava sentindo durante todos aqueles dias, repentinamente
apertou. Sentiu um nó tomar todo o espaço de sua garganta, sacudiu a cabeça por
várias vezes rapidamente e enquanto prendia o ar, procurava as chaves na bolsa.
Estava tão nervosa que o fundo da bolsa, parecia infinitamente fundo. Revirava
de um lado a outro e não a encontrava. Disse a si mesma num tom baixinho “calma
menina, calma, thá tudo bem”. A encontrou! Abriu a porta e sentiu no ar um
perfume diferente. Amadeirado, mas também de temperos. Seu coração bateu
acelerado e ressabiada deu alguns passos. Momentaneamente se viu num Déjà vu. Não,
não seria possível... e ao tentar acender a luz sua impressão de estar num
filme se dissipou.

Por. Bell. B
Oi Bell... cheguei aki por um comentário que vc deicou no meu blog tempos atrás rs... li parte do seu texto muito bem escrito (meu trabalho não me dexia ler muito rs) mas sei q vc escreve bem deu pra notar. Visita minha pagina no face (https://www.facebook.com/pensamentos.d.vacuo) se gostar, curti ela tb rs bjo pra vc... (vc comentou esse texto meu http://pensamentosdovacuo.blogspot.com.br/2012/01/almas-gemeas.html
ResponderExcluir... Não soltaram um a mão do outro em nenhum instante. Nem mesmo no banho se soltaram, no caminho de retorno do banho também não... a mão fraquejou apenas no ápice daquele momento mágico, unico.
ResponderExcluir... a prima disse que deveriamos escrever um livro... e eu me pergunto por que quando é pra ti eu não consigo escrever pouco, eu não consigo encolher o escrito? Ah sim... porque amor não tem resumo né? Amor é por inteiro, verdade!
T(eh) amo