Antes mesmo de abrir os olhos, a primeira imagem que
invadiu sua mente foi o sorriso largo, doce, longo... Um que ela só via nele,
quando ele a via. Apertou as pálpebras antes de abri-las totalmente e lentamente
se espreguiçou. Foi nesta hora que ao tatear o espaço, se deu conta de que a “suposta manha matinal” não era mais
necessária. Chegou a arder a vista quando se viu obrigada a arregalá-las. (Além do fato de ser muito mais cedo do que
costumava acordar, fora também pega de surpresa com a súbita ausência.)
Teria ela sonhado com sua presença? Teria devaneado e materializado a estadia
dele na noite anterior? Estava confusa, mais do que costuma ficar nos primeiros
minutos que acorda. Esfregando as mãos no rosto, a fim de acordar ou continuar
a dormir, tentava achar respostas para várias sensações e perguntas que
invadiram não só sua mente, afastando o “sorriso”
que há minutos atrás a acordará tão docemente, como também seu peito. Que agora
apertava como quem quisesse matá-la sufocada. E quanto mais fazia forças para respirar,
mais o ar parecia que não entrava.
Olhou ao redor, lenta e minunciosamente, parecia até “farejar”. Enquanto tentava entender tudo aquilo, esguiou-se pela cama, sentou-se e foi tomando forças para levantar. Enquanto arrastava as pontinhas dos pés no chão a procura de seus chinelos, resmungava baixinho... “Não posso ter sonhado, não posso estar sonhando. Foi real, tão real...” Foi muito real, tão real que ela podia sentir a presença dele no ar, podia sentir nos braços, o abraço que ganhou ao chegar em casa na noite anterior. Sacudindo a cabeça, levantou-se e foi à cozinha. Ainda sentia a presença, e agora falava sozinha... “Devo estar ficando maluca!” ... Fez o café, e enquanto o tomava, observava o mundo acordar através da janela da cozinha, carros indo e vindo, pássaros cortando o céu em rasantes incríveis, as nuvens começavam o seu bailado numa cessão de exibicionismo para o Astro Rei. Tinha muitas coisas pra fazer, sempre tinha. Colocou a caneca na pia e voltou para o quarto. Tinha que se arrumar, não estava atrasada, teria tempo de sobra. Acordará cedo, e ainda se perguntava por quê. Ia tomar banho, mas resolveu arrumar a cama primeiro.
Olhou ao redor, lenta e minunciosamente, parecia até “farejar”. Enquanto tentava entender tudo aquilo, esguiou-se pela cama, sentou-se e foi tomando forças para levantar. Enquanto arrastava as pontinhas dos pés no chão a procura de seus chinelos, resmungava baixinho... “Não posso ter sonhado, não posso estar sonhando. Foi real, tão real...” Foi muito real, tão real que ela podia sentir a presença dele no ar, podia sentir nos braços, o abraço que ganhou ao chegar em casa na noite anterior. Sacudindo a cabeça, levantou-se e foi à cozinha. Ainda sentia a presença, e agora falava sozinha... “Devo estar ficando maluca!” ... Fez o café, e enquanto o tomava, observava o mundo acordar através da janela da cozinha, carros indo e vindo, pássaros cortando o céu em rasantes incríveis, as nuvens começavam o seu bailado numa cessão de exibicionismo para o Astro Rei. Tinha muitas coisas pra fazer, sempre tinha. Colocou a caneca na pia e voltou para o quarto. Tinha que se arrumar, não estava atrasada, teria tempo de sobra. Acordará cedo, e ainda se perguntava por quê. Ia tomar banho, mas resolveu arrumar a cama primeiro.
E foi quando puxou as cobertas que junto com a queda
dos tecidos no chão, também cederam as suas pernas. Alucinação? Força da
materialização? Mágica? Agora seu coração batia tão depressa que parecia querer
saltar, fazia forças para ficar de pé, apertava as mãos para que elas parassem
de tremer, e mesmo vendo a carta, seus olhos pareciam não acreditar. Rastejou
até a cama, e com a pontinha dos dedos apanhou aquele papel dobradinho. Antes
de abrir e ler, já podia imaginar quase tudo que iria encontrar ali. A noite
anterior invadiu definitivamente sua memória, as lágrimas escorriam sem parar,
sorria e tremia tanto que enquanto apertava aquele papel contra o peito, não
parava de falar... “eu sabia, não foi um
sonho, não estou maluca!” Esperou um tempinho para retomar o controle e
começou a ouvi-lo, sim eles tinham esse poder. De se ouvir ao se ler, de se
sentirem sem se ver. Ao terminar de ler pela 4º vez, olhou o relógio. Ainda
tinha tempo, não muito mas o suficiente para respondê-lo. E foi o que ela fez.
Calmamente respondeu a carta, e antes de colocá-la no envelope, a beijou. Um
beijo cheio de ternura, gratidão e amor. E foi com este beijo que ao invés de
selo, a carta ela selou. Correu para o correio, mas ao chegar lá, não enviou... não do modo tradicional, optou pelo "sedex" assim a certeza de que ela chegaria pouco depois do meio dia a fez sentir um pouco mais segura...
Por. Bell.B
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