Nem sempre outubro têm o cheiro da primavera ou uma identidade afetiva,
apesar da palavra “outubro” ser toda redondinha. Nem sempre a despedida
definitiva do inverno, sol sem duração. Outubro, meu amor, são dias
consecutivos com qualquer coisa que você enfie dentro deles. São semanas
com suas luas, desnudas de nuvens ou não. Azuis e cinzas, folhas mortas
pelo chão. Um ipê acena ao longe, mas quem viu que ele floriu? Não
adianta estar em outubro, meu amor, lembrando que se foi tão mais feliz
em abril.
Por. Marla de Queiroz
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